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SUPLA E METRÔ: A VOLTA DA 'SEGUNDONA'

Jornal O Globo

30/11/2002

(fragmento)

Enquanto Titãs, Paralamas e Kid Abelha não saem da mídia, músicos menos cotados da geração dos anos 80 também tentam ganhar um espaço, à custa de novos discos. O cantor Supla, ultimamente mais badalado por atividades extra-musicais, e o grupo franco-paulista Metrô são as últimas novidades antigas a dar as caras. Depois de fazer sucesso na TV e vender milhares de cópias do disco “Charada brasileiro”, o filho mais famoso de Marta e Eduardo Suplicy ataca de “Político e pirata” (Abril Music), enquanto Virginie atravessa o Atlântico para gravar “Déja vu” com o Metrô.

Virginie veio de Moçambique para gravar

A volta do Metrô é bem mais inusitada: a banda formada por franceses radicados em São Paulo no começo da década de 80 — que emplacou sucessos como “Tudo pode mudar”, “Beat acelerado” e “Ti-ti-ti” — estava separada há anos, desde a saída da cantora Virginie, que se casou com um diplomata e foi morar em países como a Namíbia, na África. Sem ela, a banda chegou a lançar um disco, “A mão de Mao”, de 1987, que trazia uma música pop diferente, mais elaborada, e não emplacou.

A volta partiu de um encontro do baterista Dany Roland com o tecladista Yann Zao.

— Nossos filhos, família e amigos viviam dizendo para voltarmos — conta Roland. — Até recusamos ofertas de gravadoras, que queriam que gravássemos um disco acústico. Até que o Yann veio para a minha casa no Rio e compusemos algumas músicas.

Empolgados com o material, os dois mandaram as novas músicas para Virginie, hoje morando em Moçambique.

— Ela adorou e veio para o Rio botar as vozes nas músicas — conta o baterista. — O disco sai até o fim do ano.

(Bernardo Araujo)

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