OLHAR
Homepage do Metrô
BIOGRAFIA
Durante um festival estudantil em 1979, uma banda começava a despertar interesse no público: A Gota Suspensa! As suas músicas eram num estilo próximo ao rock progressivo e algumas das letras em francês. A banda teve várias formações, porém em 1983, Virginie (vocal) juntamente com Alec (guitarra), Dany (bateria), Yann (teclado) e Marcel Zimberg (sax) retornam as canções e a simplicidade inicial e conseguem gravar um LP pelo selo independente Underground. Zaviê (baixo) já estava na banda, porém durante as gravações, ele teve que se ausentar e foi substituído por Tavinho Fialho, mas voltou a banda logo em seguida pra lançar o lp. Na época, Alec explicava: "A idéia básica é não complicar, estamos nos lançando com um som tecno-pop mas queremos estar abertos para outros estilos, sempre num lance simples. Sem complicação e com muita coisa nova." A banda lotava lugares como Rose Bom-Bom só na propaganda boca-a-boca.
Após uma divergência de opiniões com o produtor sobre o caminho a seguir, resolvem se separar e fazer tudo novo. A banda passou a tocar um rock romântico, tendo como influências a Rita Lee, aqui no Brasil e lá fora, Blondie e B-52's. Decidem trocar de nome e após algumas sugestões como Tokyo, Telex e Bamboo, o próprio grupo decide pelo nome Metrô, que vem de "Metropolitanos", Dany explica: "somos 'nóis': São Paulo, Paris, Nova York... Sabe? Somos bichos da cidade grande...".
Sai Marcel e em 1984, gravam nos Estúdios Transamérica (S. Paulo), com produção de Luiz Carlos Maluly e Alexandre Agra o compacto Beat Acelerado, originalmente uma bossa nova de Vicente França, Alec e Yann. O sucesso é enorme! O Compacto dá a volta no Brasil e garante a entrada do grupo nos estúdios para fazer um LP, lançado no ano seguinte. O LP Olhar teve vários sucessos tocado nas rádios, como Sândalo de Dândi, Tudo Pode Mudar, Ti Ti Ti, Johnny Love (incluída no filme Rock Estrela, do qual o grupo também fez uma participação) e a própria faixa-título. Nesse álbum, é gravada a versão original de Beat Acelerado (bossa) com uma pequena frase em francês e é batizada como Versão II. Com o excesso de shows pelo país, cansaço, muita pressão entre outros fatores, acabam perdendo o chão e separam-se de Virginie em abril de 86, no auge.
A banda, que iria se chamar Tristes Tigres, volta com o mesmo nome, mas com um novo vocalista, Pedro Parq, ex-vocalista do Mler If Dada, um dos melhores grupos do underground português e em 1987 lançam o LP A Mão de Mao. O técnico que trabalhava com a banda (Paulo Junqueiro) mostrou aos rapazes o disco do Mler Ife Dada, onde o Pedro havia trabalhado. Os rapazes chaparam no som e na voz do Pedro e o Yann foi à Portugal buscá-lo para a banda. Chegaram a fazer um show onde convidaram um grupo de pagode (de raiz) e tocaram todo o álbum A Mão de Mao em ritmo de Samba.
A música Gato Preto tem um relativo sucesso, mas o grupo não dura muito. Não houve um fim declarado, não teve uma conversa do tipo "vamos acabar", simplesmente foi acabando. Cada um foi vivendo sua vida e quando perceberam, já tinham acabado há tempos.
Já a Virginie, com amigos novos, parceiros novos, muita novidade, conhecendo gente como Arrigo Barnabé, Itamar Assunção, Eliete Negreiros, Vania Bastos, Carlos Careqa, Philippe Kadosh e mais uma penca de gente dos mais variados bordos, alguns desmerecidamente somente notórios em sua roda... Tantas influências, tantas parcerias e participações muito honrosas: Inimigos do Rei, Joe (ex-Eutanásia), Jairzinho & Simony (ao lado de Gal e Tim Maia!), Supla, João Penca e seus Miquinhos Amestrados, Kid Vinil.
Em 1988, após passar um tempo estudando piano, canto e escrevendo o que se passava para aliviar, Virginie voltou com uma nova banda, Fruto Proibido e um novo LP, Crime Perfeito. Nele, músicos de outro bordo como Dom Beto (pensando nela), Nilton Leonardi, Ari Holand, Michel Freidenson. A música Más Companhias foi incluída na novela Fera Radical da tv Globo. Virginie é autora de 7 das 10 músicas que aparecem no LP. Foi bom, mas não durou muito.
Alec ainda tocou com o Pedro numa banda chamada Pulau Piscina (que significa Ilha da Piscina). Dany e Zaviê tocaram algum tempo no Okotô, mas depois saíram. Dany foi para a Bélgica e em 1992, junto com o Yann, lançam o cd The Passengers, pela Adrenaline Records com Diako Diakoff (vocais, guitarra e violão), Denis Moulin (baixo e percussão), TC (guitarra) e Jack Roskam (guitarra) e obtém um sucesso relativo. A música I Can't Believe fez sucesso e com ela, a banda ganhou o festival Rock Contest de Bruxelas.
Anos mais tarde, já com todos de volta ao Brasil e com a bela onda de volta aos 80, Dany, Yann, Zaviê e Alec se reúnem a convite de Luiz Carlos Maluly (ex-produtor da banda) para uma "re-produção". Alec decide ficar de fora, por conta de outros projetos, prioridades e indagações. Em janeiro de 2002, Yann se instalou na casa do Dany e começaram a tocar várias músicas. Zaviê se juntou ao grupo e gravaram algumas músicas deles e de outras pessoas e resolvem mandar as gravações pra Virginie, que após ter ouvido os primeiros caminhos, vem passar com a família uma semana musical bem caseira no Rio. O repertório é próprio, quer nas composições das quais são autores, quer naquelas que são de seu próprio cotidiano: as prediletas de sempre.
Em agosto, fecham acordo de distribuição com a TRAMA e em outubro, marcam showcases nas FNACs de Pinheiros e Campinas, mas infelizmente o Zaviê se desliga novamente do grupo.
No final de Novembro, Déjà Vu começa a aparecer em pré-venda em algumas páginas na internet. Em dezembro, o CD é lançado nas lojas (9 meses depois) e o grupo se apresenta, com o André Fonseca (guitarras) nas FNACs para divulgação do mesmo. Também gravam participações em programas de tv e fazem o clip da música Mensagem de Amor, lançado em 30/06 na programação da MTV. Em março de 2003, se apresentaram em Moçambique para a abertura da semana da francofonia.
Déjà Vu foi lançado na França, Portugal, Itália - onde Resemblances tem tocado nas rádios; e na Espanha, Achei Bonito foi remixado por 4 DJs e saiu num cd promo em março/2004. No final de abril e começo de maio de 2004, fizeram shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Londres, Paris e Lisboa, todos lotados.
Em 08/11/2014, se reuniram para um pocket show em comemoração dos 50 anos do Lycée Pasteur (colégio onde estudaram e se conheceram) e os 30 anos do lançamento do álbum Olhar.
A edição especial de 30 anos de aniversário do álbum de estréia Olhar está sendo vendida nos sites da Cultura e Saraiva.
Em maio de 2015, o Metrô anunciou um segundo e definitivo retorno com a formação original. O show de retorno seria na Virada Cultural em São Paulo no dia 21 de junho, mas foi cancelado. A banda tocou ao vivo no Domingo Legal em 16 de agosto de 2015, tocando uma música nova: "Dando Voltas no Mundo". Também apareceram no The Noite, do Danilo Gentili e na rádio Jovem Pan. Em 21 de agosto fizeram um show no UNIBES Cultural.
Em 2016, eles tocaram na Virada Cultural de São Paulo, apareceram no quadro Ding Dong do Domingão do Faustão e fizeram uma série de shows.
Dois singles foram lançados desde a volta do Metrô: "Dando voltas no mundo" e "A vida é bela lalaiá" que podem ser encontrados no Youtube.
Dany, Virginie, Alec, Yann, Zaviê e Pedro, merci!
22/11/2014
Atualizado em 10/06/2021