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DISCO EM QUESTÃO: DÉJÀ VU

do Jornal do Brasil

03/12/2002

Incomum, não dá nem para chamar de revival

(Sílvio Essinger)

Não merece de forma alguma ser incluído no pacote dos revival do rock brasileiro dos 80 o disco da volta do Metrô. Primeiro, porque é um disco de MPB inquieta, com bossa vestida de elegantes eletrônicas, até mesmo na leitura do hit Beat Acelerado (que já era bossa, em versão pouco conhecida do primeiro disco da banda). Músicas de Caetano Veloso e Jorge Ben Jor se misturam a outras de Arto Lindsay e do Jazzista Charlie Haden (a estupenda Silence), costuradas pela frágil voz de Virginie. Déjà-Vu há de surpreender até quem havia considerado estranho o segundo disco dessa incomum banda, A Mão de Mao (1987), gravado com um vocalista português.


Metrô acerta ao fugir da estética Metrô

(Luciana Ribeiro)

Não existe, nesse projeto do Metrô, qualquer semelhança com a estética anos 80, da banda que ganhou as rádios com o verso "Coração ligado/Beat Acelerado". E isso é o maior dos acertos, e todo o álbum, vem amparado num clima de bom gosto, seja no violão de Lucas Santana, no encontro de Nelson Jacobina com (DJ) Bruno Leite, na maneira ímpar de Virginie cantar. Não é tão diferente da new bossa de bebel Gilberto, nem do projeto cool da dupla de Washington Thievery Corporation. É como uma mistura viável de Rio e Londres, em que canções comoMensagem de Amor, Johny Love e Aquarela do Brasil merecem uma nova audição.

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