OLHAR

Homepage do Metrô

GRUPO METRÔ, VOLTA DOS ANOS 80 COM DISCO CASEIRO

Cafee.com

09/12/2002

Nos anos 80 eles ganharam o dial com hits new-wave como Beat acelerado, Johnny love, Ti-ti-ti e Tudo pode mudar. Quando se separaram, a doce voz de Virginie ganhou abrigo da banda Fruto Proibido e chegou a emplacar o hit Más companhias na trilha sonora da novela Fera radical.

Mas o que ficou no inconsciente coletivo foi o Metrô. Em qualquer festa de flash back, coletânea da década ou mesmo bate papo sobre música para quem tem mais de 25, o nome da banda entra em pauta. E agora, meio por acaso, eles voltam com um CD caseiro e independente, gravado como uma ação entre amigos.

Longe de ser saudosista, Déjà vu marca o reencontro de Virginie, Yann Lao e Dano Roland. E festa que é festa tem que ter convidados: Jorge Mautner, Preta Gil, André Fonseca, Lucas Santtana, Nelson Jacobina, e Waly Salomão.

O Metrô de 2002 pouco lembra os anos 80. A nova fórmula mistura, de maneira despretensiosa, música brasileira e eletrônica. Antigos hits ganham nova roupagem, como Beat acelerado e Johnny love. Algumas obras alheias também têm vez, como a versão bossa nova de Mensagem de amor, de Herbet Vianna; Que nega é essa?, composição de Jorge Benjor eternizada no samba-rock do Trio Mocotó; Coração vagabundo, de Caetano Veloso, que estava no repertório caseiro de

Virginie desde os 13 anos. E até a velha guarda teve espaço com Aquarela do Brasil, de Ary Barroso e Leva meu samba, de Ataulpho Alves.

Todo o disco foi gravado na casa de Dany. Yann, que mora entre São Paulo e Ilhabela, passou uma temporada com o amigo no Rio. Brincadeiras em estúdio, músicas novas e os dois mandando para Virginie, que mora entre França e Moçambique. Até que ela não resistiu, se juntou aos amigos no Rio e colocou voz no disco.

É Dany quem define o clima: "Esse é um CD literalmente caseiro, gravado em casa com nossas crianças brincando em torno de nós, cachorro latindo, telefone tocando, usando um Pro Tools e um microfone. Fizemos algumas pausas para comer acarajé aqui na esquina, dar um pulo no Posto Nove, em Ipanema e ir até a Feira de São Cristóvão. Nos divertimos para valer. Não tínhamos compromisso com nada, apenas com a felicidade", resume.

(Beto Feitosa)

Voltar