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Homepage do Metrô

(por VIRGINIE)

A melhor lembrança dos anos 80...

Os shows em que tantas pessoas se esbaldavam pulando e cantando conosco. Adrenalina deliciosa!

Sobre a relação com os jornalistas...

Tudo era sempre muito "corrida e vamos rápido". Tenho boas lembranças de algumas entrevistas em que falávamos de música e sensações. Éramos cinco, às vezes falando ao mesmo tempo, não devia ser facil desembaraçar as respostas.

Enfim, nesta grande maré todos tentavam ter uma "personalidade" e se diferenciar. Maldade e as bobagens continuam vendendo bem até hoje... Artigos bem feitos também!

O sucesso...

O sucesso nacional da banda veio depois de oito anos de muitos ensaios (pais e vizinhos que o digam...) e muitos shows. Trabalhamos intensamente para chegar lá. O convite para gravar Ti Ti Ti veio como coroação, mas já estávamos fazendo shows lotados de terça a domingo. Foi muito bom sermos escolhidos em meio a tantas bandas e a música ficou bem legal.

O fim...

O pique foi desgastante. Não seguramos a onda. De repente: cartão vermelho! Eu era "a imagem" do Metrô e os meninos, como eu os chamava, estavam a fim de partir para outra. Deveria ter sido diferente, foi terrivelmente triste e mal feito. Mas agora foi.

O recomeço...

Os meninos estavam já com um projeto que se concretizou na "mão de Mao". Na realidade a banda não tinha acabado.

Eu demorei um bocado para sair do fundo do poço. A amizade e o trabalho com Arrigo Barnabé, pessoas incríveis que ele me apresentou como Itamar Assunção, Carlos Careqa, Philippe Kadosh, Eliete Negreiros, enfim, outros horizontes, outros pontos de vista, outros sons foram vitais para mim. Comecei então a estudar canto com Nancy Miranda. Depois veio o trabalho de composição com o Fruto Proibido. Eu estava muito à vontade, cantando com excelentes músicos, muito atenciosos... Gravamos o disco Crime Perfeito e Más Companhias entrou como tema da novela Fera Radical...

A Volta...

Depois de tantos anos e tantas experiências de vida, o reecontro com Dany, Yann e Xavier foi muito legal. Rimos, nos emocionamos, trocamos e tocamos muito. Só paramos, de vez em quando, para dormir e dar umas escapadinhas na beleza e nas delícias do Rio de Janeiro, juntos com Jean-Michel e as meninas. Gravamos com muito prazer e o disco ficou lindo. Nunca deixei de ser a fã número um do Metrô!

Sobre a onda Revival...

Eu vejo como super bem vindo pois foi uma época feliz. Fico hiper contente vendo a turma da época na tevê, na boca da garotada. Além do que sou fã do Kiko, dos Paralamas, do Ultraje, do Léo Jayme, Titãs e tantos outros.

O dia-a-dia...

Sou feliz. Sou casada com Jean Michel e temos duas filhas adoráveis, claro. Mudamos de país a cada três anos pois ele trabalha no Ministério das Relaçoes Exteriores da França. Era meu sonho de adolescente conhecer o meu planeta, e meu brinquedo favorito era o de fazer shows.

Escutamos muita música brasileira, cantamos com minhas duas princesas... Não vejo a hora de dividir nosso som!

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